quinta-feira, junho 8

Não se pode controlar um sonho!
É aquela gota que cai, fria e certeira, que fura e desfaz rocha sólida.
O sonho é o suplício do não poder viver em pleno, de não poder ser feliz quando se quer e como se quer...
O sonho vem armado com grilhões, aferrolhados à nossa pele, deixa marcas de sangue na mente.
O sonho despe-nos, humilha-nos, faz-nos ter o desejado e querer o incrível, faz-nos sofrer mas levanta-nos, faz-nos viver mas mata-nos...
Foi no sonho que eu te vi, que te toquei e senti pela primeira vez, foi nele que o fiz mas também foi nele que te perdi!...
Foi num sonho que uma vez amei, surdo e cego, mentia para só te ser sincero a ti, matava-me só para me poder viver em ti...
Foi num sonho que te despediste de mim, bateste a porta e deixaste-me fechado lá dentro, sôfrego em lágrimas, desesperado esperei o teu regresso.
Foi nesse sonho que me quiseste, que me tiveste e que me abandonaste...
É num sonho que ainda te recordo. Espero-te sereno, num pesadelo limpo...
Será num sonho que morrerei, feliz, ao teu lado, sem que mais alguma vez te vás, sem que mais alguma vez nos larguemos...

(com ela penso em ti!)

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