sábado, agosto 27

Caracóis venenosos

Caracóis venenosos
Sedosos ondulados pedaços de fio
Intrincados desenlaces negros
Calor ardente de prazer infinito

Traz-me veloz gôsto de ti
Mostra-me feliz ardor sem fim
Deixa-me por-te no topo, em mim
Segurar-te firme, presa, justa por fim

O que o sol trouxe
Deixou-o em ti, brilhante
Colocou-te no sítio do esplendor
No local da inveja sem dor

Deixas-me sofrer de desejo
Fico doido porque te quero ardente
Procuro-te em cada recanto da agonia
Vens mostrar quanto te desespero

Nunca consegui imaginar-te, tão perfeita
Nunca iria perceber que seria possível
Existência de criatura tão bela perante mim
Deixas-me a sofrer, envenenado em prazer