sexta-feira, janeiro 30

Sonhei com os teus olhos
E no teu olhar sonhei paixão
Sonhei-te poema de tinta azul indefinida
Amei as minhas palavras no meu sonho de paixão plena
Esqueci o nome que me foi inscrito no céu
Para chamar-me Tua, nascer Tua
Podia ser nome de índia, Tua, mas é o baptismo agnóstico de uma nova existência
Absolutamente tua para (des)compores em cada movimento

(sonho...o sonho)

Segredei-te que o arco íris é concerteza a cor do amor
Assim, logo ao primeiro amanhecer os raios de luz encontraram
Os cristais e gotas de orvalho
Com que cobriste o céu e a terra
E em todos os espaços foi como
Se se tornasse visível o cheiro
Que os habitava
Como se fossem as nossas palavras e os gestos a tomar cor por si mesmos
Pairando visíveis e perenes

Nessa noite olhei a lua nova como ao meu próprio reflexo
Porém um reflexo sem vestígios de ti
Chegaste... nem notei
Viste-me assim...
Não choraste abandonado
Nem pela força ocultaste o luar
Só soube dizer, ausente, como me fala esta lua
impedido de participar na minha luz de devoção
Fizeste-a maior, puxaste-a para mim
e saíste num abraço
deixando-me entregue
deixando-me entregue naquele encantamento...
e sob a magia da lua
trabalhei para um lago de agua densa e incolor
sobre ele uma estrutura de encantar todos os sentidos
no entanto seria a tua alma a entrar em êxtase perante esta imagem
o teu olhar agora mais teu pode ver a a lua k vi
sobre o espelho de agua

Noites e dias
Cores luas e mares
Increveram nas paredes
“os maiores enganos são sobre o amor
só nos teus sonhos os enganos são de coisa alguma”


Célia Sampaio 18.jan.2004

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