Apetece-me

Apeteces-me
Apetece-me beijar a pele das tuas costas nuas
Sentir-te quente na ponta dos meus dedos
Apetece-me sentir o teu cheiro vezes sem conta
Ouvir -te arfar, contente e confusa, apertar-te e fazer -te torcer
Apetece-me saber que me queres
E dar -te um pedaço de mim para que o tenhas dentro de ti e o guardes no coração.

Não sou porque o posso! Sou porque o devo!

Misteriosa dama meridional

Põe a máscara de lado e permite-te
Enfrenta-te, quando o medo se apodera de ti
O desafio mostra-se quando o superas

Interminável, numa busca constante por mais
Agarra-te ao que és e deixa-te puxar pelo que queres ser
O passado desaparece e só as lembranças boas persistem

Está em ti, perto
Procura e traz para ti!

Só aí consegues ser, contigo, para todos, TU!

Por Ventos e por Marés

Pelo valor das descobertas,
navego-te eu em ventos de tempestade,
sinuosos e balançantes
puxando de tenacidade e engenho
levas à tua prova anos de modesta experiência,
e forças-me a manter firme o leme
de encontro às vagas monstruosas que empurras contra mim
para que, sem outra chance, as enfrente, de proa cortante, e me sustenha, à tona, confiante.

Tormento que é compensado pelo prazer no reconhecimento do teu olhar em mim,
pela ingenuidade do teu sorriso quando consigo, finalmente, chegar perto de ti,
onde tudo está mais calmo e sereno, como uma nau a bom porto,
enlaçar as minhas amarras no teu abraço apertado.

Segura-me contigo.
E os Ventos e as Marés vão puxar-me... mas não vão nunca levar-me para longe de ti!